quarta-feira, 18 de abril de 2012

O melhor do “DFB2012″


A 13ª edição do Dragão Fashion Brasil começou na segunda-feira, dia 9, sob o tema "Consciência Criativa" e com a tradicional coletiva, bastante informal, de Claudio Silveira e seus patrocinadores dentro da sala de imprensa. Emocionado, o empreendedor destacou o diferencial da edição, o reality project "Indústria Criativa", comandado por Jum Nakao e executado ao vivo por designers e artesãos locais.

Sá.Maria
Um desfile muito leve, fluído e transparente, inspirado no livro "O último unicórnio". São peças bastante femininas, como vestidos de variados tamanhos, saias e calças, sempre com uma conotação de sonho e romantismo, inclusive devido à cartela que abriu com branco, passou por vermelho e terminou em preto. Na modelagem, variadas décadas, mas sem perder uma identidade única conseguida com os materiais, tema e cores bem definidos.

Mar Del Castro
Os irmãos Rafaela e André Castro, à frente da grife de moda praia, apostaram nesta nova coleção em um tropicalismo de luxo. Se tem muita cor ou estampa aqui, a modelagem é mais contida; se tem o minimalismo de uma bata ou camisa-saída-de-praia ali, tem um bordado interessante que complementa. Os biquínis delas estão medianos e tem bastante maiô; enquanto as sungas deles seguem tradicionais, com as laterais largas. As cores importantes são o azul (com brilho!), o verde e o amarelo. Pouco uso de estampas, com destaque para uma multicolorida, as com tons de verde e para a cobra.


João Sobarr
Com trilha e clima de suspense, o estilista trouxe uma mulher clássica (camisas, tubos, macacões...) modernizada com muitas dobraduras na frente e costas nuas. Destaque para o uso de tecidos mais pesados, como lã, couro e tecido plano, com cartela de p&b, bordô e pérola.

Kza do Dragão
Um show de brasilidade e de como fazê-la sem obviedades. É a marca do idealizador do evento, Claudio, com o primoroso trabalho do estilista da terra, Lindebergue Fernandes. O resultado mistura leveza e peso, desde o handmade nordestino ao artesanato industrial londrino, com o crochê que ganhou foil dourado; as rendas com superfícies jateadas em tons de bronze; brocados vintage; passamanarias inglesas... Destaque ainda para a escolha das tops, incluindo Bárbara Berger, Carmelita Mendes e Michelli Provensi.



Melk Zda
Desfilou a mesma coleção mostrada no Fashion Rio inverno 2012. Usou como inspiração para suas criações uma boneca de barro, que é "a materialização dos desejos da artesã". Assim, sua novidade são peças feitas em algodão natural resinado que, quando tocado, ganhou os registros das mãos das pessoas que o manipularam. Como detalhe, vários looks receberam golas de camisa usadas separadamente como colares.

Mark Greiner
Sempre muito aguardado, o desfile desse filho da terra, arquiteto e estilista inventivo foi novamente bastante comentado e aplaudido. Na roupa, Greiner foi até mais comercial do que seu histórico, deixando para a cabeça as construções arrojadas, que mostram sua ligação com a construção arquitetônica. São calças justas e de cintura alta e saias longuetes até chegar nos seus longos exuberantes. Atenção para o cinza e o prata, e para os plissados.


Clair
A marca mineira que tem em seu DNA as técnicas artesanais deu um show de crochês, tricôs e rendas misturadas, mostrando um desfile com técnicas artesanais usadas de uma forma bastante sofisticada nas cores e modelagens. A mistura com o tecido plano leve e transparente fica evidente, assim como com o pesado couro.

MarcusSoon
Clima de romance e drama no ar ao som do novo tango argentino. Um desfile com muitos modelos de vestidos, saias, blusas e camisas em tule com aplicação de bordados e paetês. Anos 1940 e seu requinte no ar. Destaque para a cartela de violáceos e preto remetendo a uma viúva muito chique. Seu companheiro, inclusive, aparece caído em plena passarela. O fechamento é com a top Bárbara Berger. Muito aplaudido.Lindebergue FernandesPrata da casa bastante aguardada que no dia anterior havia criado com maestria para a Kza Dragão e aqui, solo, completa 10 anos de carreira. Assim, Lindebergue fez um desfile especial e diferente com três momentos distintos (três coleções!), o qual chamou de "Santíssima Trindade". Ele homenageia justamente paixões santíssimas da cultura popular brasileira: culinária + telenovela + religião. Foram à passarela os plásticos e encerados do universo doméstico; o kitsch usado pelas vilãs das telenovelas; e a estamparia digital e jacquard que remetem à temática religiosa.

Danielly Narimato
Jovem de origem oriental e que leva isso para suas roupas com pegada minimalista, feitas sobretudo em moulage e com algumas referências a dobraduras. Tem macacão, vestidos curtos, shorts e outras peças sempre com acabamentos debruados ou aplicados em couro. Nos demais materiais, jeans leves, jeans de gramaturas médias e jeans com efeito resinado de couro, crepe vogue e malha.
Vivi HuhnEstilista paraense, trouxe o tema "Abril em Paris", em que criou uma série de vestidos superjovens, predominantemente curtos e em variadas modelagens, sobretudo anos 1950 e 1960. As estampas, porém, não poderiam ser mais pop e atuais, logo, uma pegada teen que deve conquistar as meninas que compram suas peças no Elo 7, Facebook e outras redes.

Chicca Lualdi
A marca italiana é bastante minimalista e destaca uma modelagem seca e levemente longe do corpo. Atenção para os vestidos com cintura deslocada ou os com cortes largos na barra que criaram efeito franja e para a camisa transparente tipo as de smoking, logo deixando braços e costas aparentes, frente protegida. 

Sis Couture

Inspirada por um poesia própria que começa assim: "Que me desculpe Ataulfo Alves e Mário Lago, mas Aurora é que é mulher de verdade", a coleção que se segue tem aproximadamente de 25 a 30 e poucos anos, deixando no ar aquela fase feminina interessante, em que a mulher irradia atenções. São vestidinhos de alcinha e cintura marcada, saia mullet poá levemente transparente usada com blusa plissada romântica; calças larguinhas embaixo com tops marcantes em cima. As cores são "da aurora-amanhecer": preto, marinho, violeta, rosáceos, ouro velho, bege e off-whitte.

Doisélles
Desfilou um trabalho artesanal primoroso e atemporal, sobretudo com a técnica de tricô. O mais bacana é que muitas das peças são advindas do trabalho de detentos de Minas Gerais, de onde é a marca. São muitos vestidos, casuais ou de festa, casacos e coletes em tons neutros, cheios de experimentações nos tipos de pontos, criando volumes.
 

Lino Villaventura
Também fez dobradinha de sua coleção apresentada em janeiro, na São Paulo Fashion Week. Assim como havia acontecido em São Paulo, foi aguardadíssimo agora na sua terra natal, gerando filas enormes mesmo com mais de duas horas de atraso devido ao início do dia também em horário errado. A coleção foi inspirada nas imagens atormentadas do pintor irlandês Francis Bacon. Uma moda festa que vai desde os vestidões cheios de técnicas, e que fazem a plateia suspirar, a modelos mais possíveis de uso, como o roxo-coluna que encerra o desfile ou o curtinho transparente todo bordado. Há também um elegante preto drapeado, um despojado luxuoso cinza-claro listrado e o colante, bordado dos pés à cabeça.

Riachuelo
Quem abriu o quinto dia do evento cearense foi a rede de fast fashion Riachuelo. Dividido em três blocos (Swinging London, Lucky Star e Fantasy Forest), o desfile contou com 60 modelos na passarela e mostrou um mix de tendências já visto pelos fashionistas em outras semanas de moda. Há opções para todos os gostos: casacões pesados (para encarar a temporada fria), tubinhos de gola alta, vestidos com cintura deslocada, calças bem sequinhas e botas de montaria. Para os amantes de uma moda básica e pronta para ser usada, os looks da Riachuelo são perfeitos para renovar o estoque do guarda-roupa sem medo de errar e gastar muito dinheiro. 

Delfrance Ribeiro, como o próprio material para a imprensa diz, criou roupas de festa com “personalidade e feminilidade, diferente de qualquer outro estilo”. E não há como discordar: a originalidade das peças do estilista é limitada para uma turma de clientes que preza pelo exagero, cores fortes e modelagens inéditas.

Handara

Terminada a apresentação de Ribeiro, a plateia foi convidada a assistir o desfile da popular Handara, que convocou a modelo e apresentadora Gianne Albertoni para assinar a coleção de Inverno 2012, caminhar pela passarela e fazer caras e bocas para os fotógrafos.


Nos últimos momentos do DFB 2012, a estilista baiana Marcia Ganem mostrou uma linha de peças delicada e trabalho manual hipnotizante. A riqueza de detalhes pode ser vista do começo ao fim do desfile, principalmente nos vestidos de noiva nada comuns.
Jum Nakao
O final mais aguardado da semana fashion de Fortaleza: a apresentação do projeto Indústria Criativa, onde 20 participantes desenvolveram, pela primeira vez durante uma semana de moda e em tempo real, uma coleção inédita. Com curadoria de Jum Nakao, os 'confinados' desenvolveram uma coleção a partir de um breve manifesto, criado por Jum, sobre a Redescoberta do Paraíso Brasileiro. O tema propôs a inovação e apropriação das tradições da moda brasileira nordestina, onde foi visto muita renda, moulage, crochê, aplicações e matéria-prima brasileira. O resultado final deve virar um documentário e uma exposição


Mais informações na Fan Page do Connect Moda no facebook!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário